Patativa, ave canora ,penas plúmbeas, asas e cauda pretas, seu canto ecoa pelas matas do nordeste brasileiro e empresta seu nome a um dos mais brilhantes artistas mundiais. Foi com esse pseudônimo que Antônio Gonçalves da Silva, menino pobre da cidade de Assaré no interior do Ceará, é conhecido hoje pelo mundo a fora.
Homem de vida humilde, nasceu no dia 5 de março de 1909,aos 4 anos perde um olho e desde menino já tem que enfrentar o trabalho duro na roça da família, na localidade de Serra de Santana. Analfabeto, “ sem saber as letra onde mora”, frequentou pouco a sala de aula, cerca de 6 meses apenas, mas isto não foi empecilho para torna-se um dos maiores ,senão o maior, artista popular. Orfão de pai aos 8 anos, fica encarregado de cuidar da roça juntamente com seus outros irmãos.Mais tarde, sua mãe vende uma ovelha e com o dinheiro lhe presenteia com um violão.Pouco a pouco, o menino ia virando artista, com cinco anos já improvisava versos, e o gosto pela música ia tomando conta de sua alma, trazendo sempre em seus poemas a marca forte do sertão.
Nunca um artista soube com tamanha maestria cantar o nordeste e o nordestino como o fez Patativa.Outra característica era a consciência social, denunciava as mazelas do mundo e versava sobre a existência humana. Seus poemas eram criados, guardados na memória e depois recitados. A capacidade da memória de Patativa eram impressionante, pois tinha seus poemas na ponta da língua, mesmo após os noventa anos de idade.
Não era de se estanhar que a originalidade de suas composições caissem nas graças do grande Luis Gonzaga, que o lançou comercialmente. Dentre várias canções gravadas por Gonzaga está a “Triste Partida” na década de 50, tida como o hino do retirante nordestino.Mesmo assim, Patativa jamais abandonou a roça e a região onde se criou, apesar da sua fama nacional.
O Merecido Reconhecimento
1979 - Homenageado pela programação cultural do encontro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC, em Fortaleza
1982 - Recebe o diploma de “Amigo da Cultura”, outorgado pela Secretaria da Cultura do Estado, pela “decidida atuação a favor do aprimoramento cultural do Ceará”
1982 - Cidadão de Fortaleza, título aprovado pela Câmara Municipal
1987 - Recebe a “Medalha da Abolição”, pelos “relevantes serviços prestados ao Estado”
1989 -
1989 - Inauguração da rodovia “Patativa do Assaré”, com 17 km, ligando Assaré a Antonina do Norte
1991 - Enredo da Escola Acadêmicos do Samba, de
1995 -
1998 - Recebe, dia 22 de maio, a “Medalha Francisco Gonçalves de Aguiar”, do Governo do Estado do Ceará, outorgada pela Secretaria de Recursos Hídricos
1999 -
1999 - Título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Ceará - UECE
1999 - Título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Ceará - UFC
1999 - Prêmio Unipaz, VII Congresso Holístico Brasileiro, Fortaleza, dia 20 de outubro
2000 - Na festa dos 91 anos, recebe o título de Cidadão do Rio Grande do Norte
2000 - Título de Doutor Honoris Causa da Universidade Tiradentes, de Sergipe
2001 - Terceiro colocado na eleição do “Cearense do Século”, promovido pelo Sistema Verdes Mares de Comunicação (o vencedor foi Padre Cícero).
2001 - Recebe o troféu “Sereia de Ouro”, do Grupo Edson Queiroz, no Memorial Patativa do Assaré, dia 28 de setembro
2002 - Prêmio FIEC, "Artista do Turismo Cearense",
2003 - Prêmio UniPaz, V Congresso Holístico de Crianças e Jovens, Fortaleza
2005 - Inauguração da "Biblioteca Pública Patativa do Assaré",
2004 - Título EFESO "Cidadão Empreendedor"(Escola de Formação de Empreendedores Sociais)
2004 - Troféu MST (Homenageado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra)
2005 - Homenageado com Medalha Ambientalista Joaquim Feitosa
2005 - Inauguração da "Biblioteca Pública Patativa do Assaré", Vila Nova,
2005 - Título de Doutor Honoris Causa da Universidade ,
Patativa: Do sertão Cearense para o Mundo
Atualmente Patativa está sendo estudado na Universidade de Sorbonne, na França, uma das mais antigas e conceituadas do mundo. Ele é tema na cadeira de Literatura Popular Universal , sob regência do professor Raymond Cantel.Segundo Cantel , Patativa era unaminidade no papel de poeta mais popular do Brasil.
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