quinta-feira, 23 de abril de 2009

As mil e uma noites



Viajar em tapetes mágicos, ser protegido por gênios, cair nas armadilhas de fadas ou feiticeiras. Homens viram animais e nós, mesmo adultos, nos tornamos crianças vislumbrados com as fantásticas histórias.Cada página uma façanha mais extraordinária que a outra.Tudo isso conduzido muito bem pela esperta Sherazade que utiliza deste artifício para livrar o reino da lei cruel imposta pelo sultão Shariar.

Após confirmar a traição de sua primeira esposa, Shariar manda executá-la e toma a resolução de desposar uma jovem a cada noite e nos primeiros raios do dia seguinte encarregava seu vizir de estrangulá-la. O decreto durou por algum tempo. As moças já não tinham esperanças, quando a filha do vizir ofereceu-se para desposar o sultão. O pai aflito tentou fazê-la desistir da idéia, por não querer dar o mesmo fim a qual dava a todas as sultanas. Por fim não a convenceu. Na verdade Sherazade tinha um plano para livrar todas as moças deste terrível destino e para isso contava com a ajuda de sua irmã Denazade. Combinaram de antes de o dia amanhecer Denazade rogaria ao sultão para que tivesse a honra de ouvir uma das fantásticas histórias de Sherazade já que a ela estava reservado tão cruel destino. Na noite de núpcias Denazade fez o que havia combinado com sua irmã. Sherazade começou a contar uma história interessante, mas foi interrompida pela chegada do dia que obrigava o sultão a sair para cumprir sua rotina. Nesse ponto, Shariar que foi tomado pela curiosidade, permitiu que sua esposa vive-se um dia mais, afim de que terminasse sua história. Tal artimanha durou noite após noite até que passado mil e uma noites ele resolve conceder a vida a Sherazade livrado seu reino do horrível jugo que havia imposto.



As mil e uma noites é uma coleção de contos da tradição árabe, onde agregam outras histórias e assim por diante, criando uma seqüência irresistível. O leitor tem a oportunidade de conhecer alguns costumes árabes, hábitos dos sultões e muito mais. Sem falar na riqueza das narrativas, recheadas de muita aventura e principalmente, imaginação.

Malba Tahan

Júlio César de Melo e Sousa (Rio de Janeiro, 6 de maio de 1895Recife, 18 de junho de 1974), mais conhecido pelo heterônimo de Malba Tahan (Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan), foi um escritor e matemático brasileiro. Através de seus romances foi um dos maiores divulgadores da matemática no Brasil.
Ele é famoso no Brasil e no exterior por seus livros de
recreação matemática e fábulas e lendas passadas no Oriente, muitas delas publicadas sob o heterônimo/pseudônimo de Malba Tahan. Seu livro mais conhecido, O Homem que Calculava, é uma coleção de problemas e curiosidades matemáticas apresentada sob a forma de narrativa das aventuras de um calculista persa à maneira dos contos de Mil e Uma Noites. Monteiro Lobato classificou-a como: “... obra que ficará a salvo das vassouradas do Tempo como a melhor expressão do binômio ‘ciência-imaginação.’ Júlio César, como professor de matemática, destacou-se por ser um acerbo crítico das estruturas ultrapassadas de ensino. “O professor de Matemática em geral é um sádico. — Denunciava ele. — Ele sente prazer em complicar tudo.” Com concepções muito a frente de seu tempo, somente nos dias de hoje Júlio César começa a ter o reconhecimento de sua importância como educador. Em 2004 foi fundado em Queluz -- terra onde o escritor passou sua infância -- o Instituto Malba Tahan, com o objetivo de fomentar, resgatar e preservar a memória e o legado de Júlio César. Em homenagem a Malba Tahan, o dia de seu nascimento – 6 de maio – foi decretado Dia da Matemática pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

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